Friday, June 19, 2015

Chegou o grande dia! A COLHEITA

Olá caros leitores! 

Depois de 114 dias após a semeadura de nossos pimentões, efetuamos a primeira colheita!
Como já dissemos aqui no blog, as cultivares Eppo e Platero são utilizadas em cultivos cujo objetivo é a obtenção de frutos coloridos, produzindo respectivamente, frutos amarelos e vermelhos quando maduros. Para isso, de acordo com as recomendações da empresa que desenvolveu as cultivares, o ideal é que a cultura tenha no mínimo 120 dias, contados à partir da semeadura. Entretanto, como estamos cultivando pimentão como parte de uma disciplina de graduação, não tivemos todo esse tempo disponível e por colhermos os frutos precocemente, os colhemos verdes, apesar de já terem atingido seu ponto máximo de desenvolvimento.

Nesta postagem onde falamos sobre o que testamos durante o período também dissemos que tínhamos 5 plantas cativas em cada tratamento, assim a nossa colheita se restringiu apenas à essas plantas e as demais continuarão no campo com seus frutos até seu completo amadurecimento.

O pimentão é uma hortaliça de crescimento indeterminado, dessa forma, podemos encontrar na mesma planta, flores, frutos pequenos e frutos grandes ao mesmo tempo. Durante o processo de colheita, colhemos apenas aqueles frutos cujo tamanho permitia sua comercialização, como o da imagem abaixo.




Ao término da colheita dos frutos de nossas 20 plantas cativas, conseguimos um carrinho lotado de frutos saudáveis, totalizando aproximadamente 17 kg.




Após os cálculos de médias e conversões de unidades, chegamos aos seguintes resultados de produtividade.





Os dados de produtividade esperada foram obtidos através de uma estimativa. Tal estimativa foi possível graças à contagem de flores durante o ciclo e ao cálculo da porcentagem de pegamento de frutos.
Observem que de um modo geral, a forma de parcelamento do Potássio durante o ciclo não afetou a produtividade das cultivares, que produziram satisfatoriamente, mesmo com as baixas de temperatura durante o ciclo. 
Lembrando que o resultado foi obtido para condições específicas, de cultivo em ambiente protegido em Viçosa-MG. Logo, não podemos de forma alguma, concluir que os mesmos tratamentos resultarão em dados semelhantes se aplicados em outras cultivares e/ou outra região.


Com estes dados finalizamos a postagem de hoje. Espero que tenham gostado e até a próxima.




Ácaro branco no pimentão e o desafio do controle no ambiente protegido

Boa tarde seguidores,

hoje vamos abordar um tema que causou algumas injurias no nosso pimentão. Primeiramente, começamos a observar incidências de folhas jovens encarquilhadas e baixo vigor das plantas e logo suspeitamos da presença de acaros, que a principio foram erroneamente identificados como microacaros. Afim de termos a correta identificação, uma folha jovem e com injurias foi levada ao Departamento de Entomologia da Universidade Federal de Viçosa, onde foi analisada com o auxilio de lupas e constatou-se que se tratava de acaro branco, devido aos sintomas apresentadas. É valido lembrar que o acaro ataca a folha e depois parte para a próxima planta, por isso já não havia presença do aracnídeo ali.


Plantas com sintomas de ataque de ácaro branco no cultivo em ambiente protegido.

O controle preventivo é sempre muito importante principalmente para pragas já comuns para a cultura em questão. Para o combate do ácaro branco, foi recomendado o uso de Vertimec 18EC ,  um acaricida e inseticida a base de abamectina, com período de carência de 7 dias e de reentrada de 12 horas. A camada cerosa da folha de pimentão muitas vezes dificulta a ação do defensivo, por isso há a necessidade de se adicionar um espalhante adesivo ou óleo mineral na calda. É importante lembrar que o óleo mineral também possui ação acaricida, porém quando usado em altas temperaturas pode queimar a folha, por isso no inverno sua concentração deve ser de 3% e no verão de 1,5%.

Essa foi um pouco da nossa experiência com pragas agrícolas na cultura do pimentão. Se você tiver alguma outra experiência, duvidas ou até mesmo sugestões, não hesite em comentar! 
Contamos com a sua participação!

Até a próxima. 

Com quais hibridos estamos trabalhando?

Olá leitores!

Hoje iremos expor e detalhar um pouco mais a respeito dos diferentes híbridos de pimentão que estamos utilizando no nosso cultivo em ambiente protegido. Mas afinal, o que é um hibrido? Trata-se na verdade de um organismo proveniente do cruzamento genético de dois genitores distintos.
Os hibridos trabalhados são o Eppo e Platero  da empresa Syngenta, que possuem características distintas com relação a cor, tamanho e peso.
Vamos iniciar pelo hibrido Eppo que produz um fruto de cor amarela e possui as seguintes caracteristicas:


Já o hibrido Platero tem como caracteristica principal a coloração vermelha, e tem como principais descritores a seguinte relação:


Com relação à adequação ao mercado da região de Viçosa, sabemos que os pimentões amarelos e vermelhos são considerados mais "nobres" e por isso são mais caros. Nos supermercados pesquisados, o preço médio é em torno de R$8,99/kg . Sabemos que trata-se de um produto diferenciado com um sabor e qualidade agregada, destinado a pratos mais sofisticados e restaurantes, e por isso o preço é maior quando comparado ao pimentão verde tradicional.

Agradecemos o interesse no nosso cultivo e esperamos que você continue nos acompanhando! 
Qualquer duvida, estamos a disposição! Deixe seu comentário! 

Até breve.


Friday, June 5, 2015

Nosso dia de campo




Olá pessoal!

Hoje nossa postagem será sobre o evento mais esperado do período: O dia de campo. Na verdade, o que aconteceu foi uma "tarde de campo", onde estudantes e professores visitaram todas os cultivos, de forma a conhecer a rotina dos grupos, assim como certas particularidades que cada um quis apresentar aos colegas.

Para o dia de campo do pimentão, montamos três estações, falaremos sobre  cada uma delas.

   Tudo pronto para as apresentações


Na primeira estação, apresentamos nossa área aos ouvintes, destacando as principais diferenças entre os cultivares utilizados. Além disso, mostramos a todos como realizamos as atividades de condução e amarrio das plantas.


Apresentação da diferença das cultivares quanto ao formato dos frutos


Demonstração do amarrio das plantas, onde toda a turma teve oportunidade de repetir o processo


Na segunda estação, foi apresentada à turma uma das principais pragas do pimentão e única que nos causou problemas durante o ciclo da cultura, o ácaro-branco. Destacaram-se as informações quanto à disseminação e  controle do ácaro assim como as injúrias e prejuízos causados por ele em cultivos de pimentão.


Maria Alice falando sobre o ácaro-branco e plantas de pimentão com sintomas de ataque do ácaro.


Na terceira e última estação, foram descritos alguns aspectos importantes sobre a colheita, classificação e comercialização dos frutos. 

Laurindo classificando alguns frutos 

E como não poderia faltar, houve degustação de deliciosos pimentões recheados. clicando aqui você terá acesso à ótimas receitas à base de pimentão =)



O evento foi um sucesso, fizemos o melhor para apresentar o nosso trabalho, assim como os demais grupos. Tivemos ótimas oportunidades de interação e troca de informações, além de sanar as eventuais dúvidas que surgiram ao longo do período.


Esse post se encerra aqui, qualquer dúvida deixe um comentário, que faremos o possível para respondê-lo.
Até a próxima.


Thursday, April 23, 2015

Olá, esse é o primeiro post da nossa série de receitas com pimentão!
Nessa série, selecionaremos pela internet algumas saborosas receitas preparadas com nosso querido pimentão. Esperamos que gostem.

E para começar com o pé direito, o nosso bom e velho Pimentão recheado. A receita à seguir foi retirada desse link: http://www.tudogostoso.com.br/receita/65980-pimentao-recheado-com-carne-moida.html

Pimentão recheado com carne moída


Ingredientes
2 pimentões médios ou grandes
300 g de carne moída
1/2 cebola picada
2 dentes de alho picado
Sal a gosto
1 pedaço pequeno de bacon (opcional)
1 cenoura pequena (opcional)    
2 fatias de presunto
2 fatias de queijo
3 colheres (sopa) de requeijão

Modo de preparo
Lave bem os pimentões
Faça um buraco no pé de cada pimentão, como uma tampa
Retire toda a semente de dentro limpando tudo
Deixe reservado
Tempere a carne e deixe reservada tambémRecheio:
Refogue a cebola e o alho picados
Acrescente o bacon cortado em cubos
Deixe dourar
Coloque a Carne moída e mexa bem
Misture a cenoura cortada em cubos
Coloque um copo de água e deixe cozinhar até a cenoura cozinhar e secar a água
Corte as fatias do presunto e queijo em pedaços pequenos
Acrescente à carne e desligue o fogo
Coloque o requeijão e mexa bem
Pegue os pimentões, coloque o recheio dentro preenchendo por completo
Corte um pedaço de papel alumínio ( proporcional ao pimentão ) e cubra cada pimentão
Coloque-os em uma forma de alumínio ou refratária
Leve ao forno pré-aquecido, a 220º, por 20 minutos
Sirva de preferência bem quentinho


Para conhecer variadas receitas de pimentões recheados, cliquem nos títulos das imagens para serem direcionados aos links =)

Foto da receita: Pimentão recheado com carne moída e queijo




Pimentão Recheado


Foto da receita: Pimentão recheado vegetariano assado



Pimentão com recheio cremoso de frango


Saturday, April 18, 2015

O que temos testado?

Olá leitores! 
Hoje a nossa postagem será sobre o que temos testado na nossa área cultivada. Após discussão em grupo, optamos por desenvolver a ideia do parcelamento de potássio, assim o título do nosso trabalho é o seguinte:
“Avaliação do parcelamento de potássio no desenvolvimento,
produtividade e qualidade de frutos de pimentão”


Mas por que avaliar o parcelamento de potássio??

Bem, o nosso sistema de irrigação é via gotejamento, logo, para aproveitar essa vantagem, faremos todas as adubações de cobertura via fertirrigação, prática que vem sendo utilizada pelos usuários do cultivo em ambiente protegido.

Sabe-se que o Potássio é um dos nutrientes mais demandados pelo pimentão no período que se estende do florescimento ao desenvolvimento dos frutos, por esse motivo é importante que nesse intervalo se forneça à planta maiores quantidades de adubos com esse nutriente. No entanto, ao se trabalhar com fertirrigação em ambiente protegido, esse manejo de adubação acaba sendo inconveniente para o produtor, uma vez que ele precisará variar a dosagem de adubo quase que semanalmente. Dessa forma, se o desenvolvimento da planta, produtividade e qualidade dos frutos não forem afetados com o parcelamento homogêneo das adubações potássicas, o manejo da fertirrigação será facilitado, podendo o produtor executá-lo ou atribuir essa tarefa a alguém, sem que seja necessário alterar as doses semanais.
 Entenderam? A nossa ideia principal é facilitar a vida do agricultor!
Assim, dividimos as doses de fertilizantes da seguinte forma: 
Obs.: As doses apresentadas são em g de Cloreto de potássio/planta, sendo esse o fertilizante potássico que temos utilizado.

Notem que no T1, a dose de fertilizante mantém-se constante ao longo do ciclo, enquanto no T2 ela segue uma curva, sendo seu pico nos períodos em esperamos que haja florescimento e início da frutificação da cultura.

A imagem acima é um croqui da nossa área, onde as fileiras T1 e T2 são constituídas por plantas da cultivar Eppo e T3 e T3 são da cultivar Platero, ambas as cultivares foram apresentadas aqui nesse post. As fileiras T1 e T3 estão recebendo as dosagens de KCl correspondentes ao T1 da tabela acima, enquanto T2 e T4 recebem as dosagens de T2.

AVALIAÇÕES REALIZADAS

  •  Fase vegetativa (transplantio ao início da floração): Incremento semanal na altura e número de folhas totalmente expandidas;
  • Fase reprodutiva (início da floração até a última colheita): n° de flores, nº de frutos e sua massa fresca, nº de frutos comerciais e sua massa fresca, comprimento e diâmetro de frutos.


Se ficaram curiosos quanto aos resultados, não deixem de nos acompanhar =)
Até o próximo post!!

Friday, April 10, 2015

É hora de plantar!

Olá amigos!

Finalmente chegou o momento de nossas mudas conhecerem seu habitat definitivo! 
Trinta dias após a semeadura as mudas já se apresentavam com 3-4 folhas definitivas, então decidimos que era o momento de levá-las para o campo.

Plantas no dia do transplantio

As plantas foram transplantadas no espaçamento 1 x 0,3 m seguindo-se as recomendações para as cultivares e aproveitando o espaçamento entre furos da fita gotejadora. 

Dica importante: No momento do transplantio, é importante que o coleto da muda não esteja em contato com excesso de solo, afim de se evitar o surgimento de doenças. Em geral, as solanáceas são facilmente estimuladas a lançar raízes adventíceas, o que é vantajoso em alguns casos, como o do tomate por exemplo. Mas se tratando do pimentão, esse desenvolvimento é danoso, uma vez que o número de raízes que se desenvolvem acabam por não justificar as lesões causadas, que servem de porta de entrada para agentes patogênicos. A umidade do solo, quando em contato com o coleto da planta estimula o desenvolvimento de raízes adventícias, aí está o motivo de se evitar o "chegamento de terra ao pé da planta", hábito de muitos agricultores. 

Plantio

Após o plantio, foi aplicada uma lâmina d'água apenas para a manutenção da umidade do solo e para evitar que a planta sofresse com a brusca mudança de ambiente.

Qualquer dúvida, deixe um comentário, ficaremos contente em poder ajudar!
Até a próxima.